O título é meu. As palavras, do texto que se segue, são profundas e reais. Vêm dum homossexual assumido. E porque não deveria sê-lo? Nem deviamos estar a discutir a orientação sexual do cidadão comum. Mas estamos. O mundo é injusto e desigual e há quem goste de apontar o dedo. E as leis não educam quando discriminam. E ferem os direitos humanos. Ainda está com dúvidas? Veja o que nos diz este ser espectacular que se autodenomina da ManDrag.
Eu sou um Humano. Eu sou homem. Eu sou homossexual.
Eu nasci do mesmo modo que todos. Vivo com os mesmos anseios e desaires que todos. Participo das mesmas emoções e sentimentos. Tenho rotinas e afazeres, compromissos para com a sociedade, da qual participo e para a qual contribuo. Espero um dia morrer em paz e que alguém chore a minha ausência.
Poderia até parecer que sou igual a todos os outros cidadãos do mundo, mas não sou. Cada um de nós é uma individualidade encerrada em si, com as suas particularidades próprias, que o definem como Ser Humano, na sua complexidade de um ser provido de uma alma evoluida.
Desde bem novo, já na infância, eu percebi que não era como os outros elementos do meu género; ou pelo menos não correspondia ao modelo que me diziam ser um elemento padrão do meu género. É que me diziam que os homens deveriam apreciar a beleza do corpo das mulheres, mas eu ficava apreciando mesmo a beleza dos corpos dos homens. No meu pueril entendimento eu percebia que havia ali algo que não acertava com aquilo que era dito e esperado de mim, enquanto futuro homem, chefe de família e cidadão respeitável.
Percebi que os homens adultos do meu género eram apontados e referenciados com malícia e em termos prejorativos, sendo mesmo desprezados com escárnio. Me acautelei!
Com sageza escondi esses que eram os meus segredos, amedrontado pela ameaça de me ver maltratado e punido se tais sentimentos fossem revelados. E assim vivi a minha infância e juventude apavorado, com a ideia que algum gesto ou expressão mais suspeitos me denunciassem.
Ao atingir a maioridade todo o mundo se voltou para mim, na expectativa que eu cumprisse com aquilo que era esperado dos mancebos da minha idade; arranjar uma namorada e casar. Eu ponderei e decidi que deveria tentar corresponder às expectativas que todos depositavam em mim. Afinal eu sempre fora dum comportamento exemplar. Aí fiz a opção de ser aquilo que não era; heterossexual.
Ora, como diria o escorpião da parábola: eu não poderia ir contra a minha natureza! Mau grado os meus esforços e tentativas, não conseguia mais que uma grande amizade pelas minhas escolhidas namoradas. Já para não falar da completa ausência de desejo sexual. Era evidente que aquele não era o meu rumo, pois eu não estava correspondendo à minha própria identidade.
Parei! Meditei sobre o que havia sido a minha afirmação como pessoa e quais as expectativas e consequências de insistir em viver um logro.
Não. Não era aquilo que eu queria para mim. Eu não poderia ser uma caricatura, uma personagem fictícia dum drama real. Eu tinha de ser Eu! E decidi assumir aquilo que apenas era: eu mesmo! Um ser humano com as mesmas ânsias e expectativas que todos os outros.
Eu me aceitei! Os outros teriam de me aceitar! Afinal eu sempre fora um cidadão comum.
Nada mais peço que ter os mesmos direitos e obrigações que todos os outros. Enfim, ser aceite com o mesmo estatuto que todos os meus pares humanos.
ManDrag
ManDrag
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MEMÓRIAS DUM PREMATURO DESTERRO
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Eu sou um Humano. Eu sou homem. Eu sou homossexual.
Eu nasci do mesmo modo que todos. Vivo com os mesmos anseios e desaires que todos. Participo das mesmas emoções e sentimentos. Tenho rotinas e afazeres, compromissos para com a sociedade, da qual participo e para a qual contribuo. Espero um dia morrer em paz e que alguém chore a minha ausência.
Poderia até parecer que sou igual a todos os outros cidadãos do mundo, mas não sou. Cada um de nós é uma individualidade encerrada em si, com as suas particularidades próprias, que o definem como Ser Humano, na sua complexidade de um ser provido de uma alma evoluida.
Desde bem novo, já na infância, eu percebi que não era como os outros elementos do meu género; ou pelo menos não correspondia ao modelo que me diziam ser um elemento padrão do meu género. É que me diziam que os homens deveriam apreciar a beleza do corpo das mulheres, mas eu ficava apreciando mesmo a beleza dos corpos dos homens. No meu pueril entendimento eu percebia que havia ali algo que não acertava com aquilo que era dito e esperado de mim, enquanto futuro homem, chefe de família e cidadão respeitável.
Percebi que os homens adultos do meu género eram apontados e referenciados com malícia e em termos prejorativos, sendo mesmo desprezados com escárnio. Me acautelei!
Com sageza escondi esses que eram os meus segredos, amedrontado pela ameaça de me ver maltratado e punido se tais sentimentos fossem revelados. E assim vivi a minha infância e juventude apavorado, com a ideia que algum gesto ou expressão mais suspeitos me denunciassem.
Ao atingir a maioridade todo o mundo se voltou para mim, na expectativa que eu cumprisse com aquilo que era esperado dos mancebos da minha idade; arranjar uma namorada e casar. Eu ponderei e decidi que deveria tentar corresponder às expectativas que todos depositavam em mim. Afinal eu sempre fora dum comportamento exemplar. Aí fiz a opção de ser aquilo que não era; heterossexual.
Ora, como diria o escorpião da parábola: eu não poderia ir contra a minha natureza! Mau grado os meus esforços e tentativas, não conseguia mais que uma grande amizade pelas minhas escolhidas namoradas. Já para não falar da completa ausência de desejo sexual. Era evidente que aquele não era o meu rumo, pois eu não estava correspondendo à minha própria identidade.
Parei! Meditei sobre o que havia sido a minha afirmação como pessoa e quais as expectativas e consequências de insistir em viver um logro.
Não. Não era aquilo que eu queria para mim. Eu não poderia ser uma caricatura, uma personagem fictícia dum drama real. Eu tinha de ser Eu! E decidi assumir aquilo que apenas era: eu mesmo! Um ser humano com as mesmas ânsias e expectativas que todos os outros.
Eu me aceitei! Os outros teriam de me aceitar! Afinal eu sempre fora um cidadão comum.
Nada mais peço que ter os mesmos direitos e obrigações que todos os outros. Enfim, ser aceite com o mesmo estatuto que todos os meus pares humanos.
ManDrag
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Frases Soltas em Comentários:
45 comentários:
Continuo partindo do princípio que o ser humano deve ser respeitado como pessoa, independente de sua opção e ou condição sexual, mas para que isso aconteça é preciso que nos comportemos como SERES HUMANOS e isso só vai acontecer quando as pessoas se conscientizarem que não somos apenas sexo!
O que vou dizer não é agressivo nem moralista e serve tanto pra heteros quanto pra homos:
As pessoas costuma julgar aquilo que mostramos a elas. Se quero que me vejam MULHERZINHA; comportom-me como uma, mas se quero que me vejam como pessoa, mostro-me como tal.
Penso que a discriminação aos homossexuais não se dá pelo fato de "serem" homos e sim, porque desenvolveram uma postura eu chocou a sociedade que não estava preparada pra isso. Não sei se isso vai mudar um dia, pois as pessoas associam o homossexualismo ao sexo que deveria ser divino e não promíscuo (veja o caso das putas). São pessoas como qualquer um de nós e merecem respeito, mas são discriminadas pela forma como se mostram. Vivemos numa sociedade hipócrita, infelizmente...
Um beijo
Sol Poente,
Qualquer opinião emitida por mim, não tem teor ofensivo, apenas sinto-me no direito de falar o que penso, uma vez que me é permitido falar. Não defendo causas nem levanto bandeiras, apenas exponho minha opinião acerca dessa hipocrisia com que se veste a sociedade que deveria apenas viver e deixar viver...
Obrigada pelo carinho da visita
Um beijo
ps: Vi que a Lídia do SILÊNCIO CULPADO tb contribui com este blog. Lídia é uma pessoa que admiro muito!
Volto outras vezes se me permitires
A sociedade é hipócrita e estrutura-se na base de valores moralistas que têm mais a ver com os dogmas religiosos que com a felicidade humana assente na compreensão, na amizade, na solidariedade e na aceitação das diferenças.
A segregação social assente em preconceitos de castas ou classes, só faz sentido quando se pretende reproduzir nas gerações futuras as injustiças e desigualdades das gerações presentes.
Porque seria estupidez pelo absurdo, discriminar e, ao mesmo tempo, apregoar a caridade e a fraternidade entre os povos e os cidadãos.
A mulher é discriminada, o homossexual é discriminado e o preto discriminado é. Mesmo numa altura em que se admite que um afro poderá vir a ser Presidente dos Estados Unidos, aos media portugueses relatam um conflito social, na zona de Loures, como sendo um conflito étnico entre ciganos e africanos.
Os homossexuais são pessoas como as outras que, a pagarem os seus impostos e a terem o comportamento cívico que lhs permitirá serem considerados pessoas de bem, são (ou deviam ser) cidadãos exactamente como os outros.
Que me interessa a mim que o casal seja do mesmo sexo ou de sexo diferente, tenha ou não tenha relações sexuais, queira ou não ter filhos, ou o que quer que seja das suas opções quanto à sua vida íntima?
Uma civilização que se preze não tem cidadãos de primeira e de segunda e as pessoas deverão ser avaliadas pelos seus actos e não pelas suas características.
Sei que estamos longe deste desiderato. É por isso que eu estou na blogosfera e lhe dedico muito do meu tempo. É um meio de contribuir para a mudança e eu quero participar e acredito que terei muitos companheiros nesta jornada. Pessoas maravilhosas e atentas que vou descobrindo a pouco e pouco.
Menina do Rio
O que me encanta em ti é essa espontaneidade na crítica fina mas sempre muito certa e muito justa. Divago muitas vezes pelos teus blogues, mesmo quando não comento, vejo as tuas imagens e a tua poesia, a mulher-paixão inteira e sublime na sua força, e fico embalada por esse vento que sopra de tão longe e chega até mim.
Nunca te moderes, deixa brotar a palvra sublime e redentora da autenticidade das tuas convicções.
Abraço
ManDrag
No presente contexto, ser diferente significa ser melhor. Todos diferentes, todos iguais. De igual para igual...
Ser melhor pelo esforço de anos a fio, de muitos anos, de muitos dias, horas, minutos e momentos, todos os momentos, com que sempre te moldaste perante uma sociedade imbecil e leviana.
Ser melhor porque apuraste os sentidos, todos, um a um, para que possas ser a razão da tua única existência.
Ser melhor porque apuraste o gosto, o bom gosto, o enorme e grandíloco bom gosto reflectido na tua imagem.
Ser melhor, pela enorme, imensa sensibilidade com que te acometes à vida todos os dias.
Ser melhor, pela luta incessante por tudo e por nada para que possas ser tu próprio.
Ser melhor porque as tuas lágrimas são mais sentidas.
Ser melhor porque as tuas dores são mais sofridas.
Ser melhor pela dedicação com que compreendes todos, sempre na esperança vã, que se dignem a compreender-te.
Ser melhor porque te aprofundaste como ser humano.
Ser melhor porque tu és tu, a quem propositadamente trato por "tu", porque estou contigo e sinto-te milimetricamente.
ManDrag os meus Parabéns.
Oie meu novo amigo! Obrigada pela visita e pelo carinho.
Eu acredito que ninguém nesse mundo, pode viver o tempo todo, aquilo que não é, nem ser feliz sem realizações, principalmente sexual. Acho essa parte fundamental, para qualquer pessoa se sentir plena. Qualquer um pode e deve fazer a opção sexual que quiser e se realizar.
Eu só acho que ninguém precisa sair por aí, afrontando todo mundo, rebolando, nem fazendo trejeitos.
Cada um é do seu modo, dentro de quatro paredes. Na sociedade, convívio familiar, ser uma pessoa e é isso que importa. Tenho muitos amigos homossexuais que adoro. Porém nenhum deles, têm comportamento diferente. Todo mundo sabe da opção sexual deles, mas os respeitam. E,é isso que querem, acima de qualquer coisa.
Todo ser humano tem direito a ser o que quiser. Pra isso, Deus deixou o livre arbítrio.
Ser, ou não ser homossexual, jamais será motivo de descriminação de minha parte.
Quem somos nós para dizer o que é certo, ou o que é errado? Temos nossas convicções e o que é certo pra mim, pode ser, perfeitamente errado para o outro. É uma questão de ponto de vista.
O amor está acima de qualquer convicção.
Bom fim de semana! Beijos
Salve!
Lídia
Primeiro queria te agradecer o convite para participar neste debate, cuja temática é sempre e cada vez mais, actual.
Na verdade todos temos de aprender a vier lado a lado com o diferente, ou não estivessemos nós construindo a sociedade do indivíduo.
O debate da estigmatização tem muitas frentes e variantes. Tentemos aqui ter um olhar sobre alguns dos aspectos. O tempo tratará depois de ir compondo o que faltar.
Eu sinto-me um privilegiado ao ser quem sou e como sou, tendo assim a oportunidade de me bater por uma causa que é mais abrangente do que muitos pensam; pois ainda há por esse mundo fora gente vivendo «dentro do armário»; existindo em falsas identidades, que não lhes dão felicidade nenhuma, nem aos que os rodeiam.
A homossexualidade não toca só aos outros e às famílias dos outros. E se hoje ela é mais evidente é porque cada vez mais há gente saturada de auto-negação e disposta a enfrentar tudo e todos pelo seu direito a um quinhão de felicidade.
Lisonjeado, mais uma vez apresento meu preito pelo teu honroso convite.
Salutas!
Salve!
Menina do Rio
Bem hajas pela frontalidade expontanea e sincera das tuas palavras. Irei tentar corresponder do mesmo modo.
Abordas uma questão muito pertinente, diria até a mais controversa de todas: a estigmatização do bizarro, do que quebra todas as barreiras levando ao extremo a ostentação da sua diferença.
Em todas as culturas exteriores à tradição judaica-islâmica-cristã, sempre se compreendeu o fenómeno da transsexualidade (o que vulgarmente se chama também de travestismo) e da necessidade social da existência desses casos, tal commo a prostituição (masculina ou feminina) também tem uma função social. Nalgumas culturas essas pessoas têm até um papel a desempenhar no âmbito religioso, pois sempre foram vistas como mais próximas da divindade e assim veículos mais propícios como interlocutores entre os comuns devotos e o sobrenatural.
Só que a ganância hegemónica da Igreja, que ditou os padrões rigidos e anti-naturais, em que se baseia esta nossa civilização ocidental, homgeneizando tudo para melhor dominar, impondo assim a diabolização do «diferente», pela ameaça que este representava para com os seus propósitos.
Sejamos mais tolerantes. E partamos à descoberta de novos mundos, muitos deles velhos de milénios. Busquemos a sabedoria das culturas ancestrais, que pérfidamente a Igreja tentou extinguir e sufocar.
Eu não sou efeminado, muitos até se espantam quando eu assumo a minha homossexualidade, mas tenho o maior dos respeitos e, confesso, admiração até, tanto por homens efeminados como por mulheres masculinizadas. Todos temos um papel neste mundo. Eles terão o deles.
A Natureza não se explica.
Salutas!
Salve! Paulo
Primeiro um especial bem-hajas pela grafia correcta do meu nome (com as duas maiúsculas). Isso desde já revela a delicada nobreza da tua Alma atenta e solícita.
Depois... Bem, depois...
Me quedo mudo
Deliciado com a beleza onírica das tuas palavras,
Revestidas dum acetinado lirismo
Refulgente dum brilho aromatizado,
Que me eleva numa dança etérea
Em espirais irisadas
Dum êxtase ritualista
Místico
Xamânico.
O meu Coração de Dragão refulge em Ouro e Fogo.
Salutas!
Salve!
Olhos de Mel
Agradeço o carinho caloroso da tua recepção e espero estar à altura de o retribuir em idêntica expontaneidade.
Concordo contigo; quem somos nós para discriminar o que é diferente. Afinal diz O Livro que Deus criou o Ser Humano à sua imagem e semelhança. E depois Cristo veio com seu discurso de Amor falando que TODOS somos filhos de Deus e que Ele nos ama a todos de igual modo. Mas como tão poucos atendem ao apelo de Cristo!
Não basta apenas aceitar o outro e respeitá-lo individualmente. O que se pretende é que todos entendam a necessidade de todos sermos iguais perante a Lei, com os mesmos deveres sim, mas também com os mesmos direitos.
Enquanto não estiver escrito, bem claro, nos códigos legislativos, que as uniões entre pessoas do mesmo sexo são reconhecidas oficialmente e usufruindo dos mesmos direitos que os restantes enlaces conjugais, continuaremos a assistirà violação dos direitos mais básicos da dignidade humana.
Quantos casos não há de indivíduos que perante a morte do seu comanheiro (generalizo para o masculino e feminino), além da dor da perda sentimental do ente mais amado, ainda se confrontam, em muitos casos, com a apropriação abusiva, por parte dos familiares do defunto, dos bens que ambos adquiriram ao longo duma vida em comum. Isto porque os familiares nunca aceitaram a condição homossexual do seu parente.
Também poderia referir inúmeros outros exemplos a vários níveis: laboral, social, institucional, financeiro, ..., ..., ...
Todo o indivíduo tem o direito sagrado de poder contar com a força duma Legislação justa e abrangente, para se poder defender perante os abusos de terceiros à sua integridade, dignidade ou propriedade. Temos de lutar para que TODOS se vejam representados nesse direito sagrado!
Salutas!
Já muito passava da meia noite quando me deitei, e agora são pouco mais de seis horas da manhã e estou aqui a comentar o teu post, que já ontem tinha lido mas de uma maneira apressada quase na diagonal sem me aperceber da profundidade do mesmo. Não tive mesmo tempo para ler os comentários todos e debrucei-me mais no comentário do Paulo sem sequer,espremer o sumo que ele contém. A minha mente está ocupada com o que vou fazer a seguir pois meti-me num trabalho gigantesco de renovação dos blogues sidadania,sem estar preparado e sem conhecimentos para o fazer.
És quem és e isso basta.Eu não sou
como tu porque simplesmente e usando as palavras do meu amigo Joca (também sente atração pelo mesmo género)o corpo masculino não me dá pau.
Há no entanto algo que nunca consegui compreender, (num universo de coisas que não entendo)e que é a razão porque todos querem que sejamos aquilo que não somos só porque a sociedade estabeleceu padrões de comportamento rigidos e quem não se enquadrar no estabelecido é excluido.Conheço muita gente chamada heterossexual,que na realidade não o é. Casam têm filhos e na realidade são iguais a ti e a tantos milhões de seres humanos com preferência pelo menos género.Foram forçados a isso porque nunca tiveram a coragem de enfrentar a sociedade que aponta o dedo àqueles que são de alguma maneira diferentes.
Tenho muito mais a dizer, mas o tempo escasseia, logo que me liberte de mexer na estrutura do sidadania continuarei a comentar este post, e outros que irão enriquecer este debate.
Um abraço com as mãos fechadas, para não dar a impressão a alguém que estou a apontar um dedo sequer.
E aqui começa a preocupação com o que os outros pensam,mesmo dizendo que me estou nas tintas para o que possam pensar.É genuino o meu abraço acredita.
R.Rudoisxis
Lidia
Tira a confirmação de palavras nos comentários.Já não me lembro do login embora o password ficasse na minha memória :)
O espaço para o texto deveria ser mais largo também.Depois queria meter o marquee a mostrar bocados de comentários importantes no próprio post.
Isto se estiveres de acordo.
Se não o conseguires fazer dá-me previlégios de administrador de blog que eu faço isso enquanto trabalho nos "Sidadanias" com o meu próprio log in.
Beijos
ManDrag
É para ti que me dirijo em especial. O teu texto tocou-me pela clareza como assumes a diferença, sem ostensividades, que são sempre rídiculas, mas sem complexos que não têm lugar se pensarmos que todos somos filhos de Deus e feitos do mesmo barro.
A Lídia costuma dizer muitas vezes que o mal só é mal quando prejudica terceiros. Também já interiorizei que assim é e, por conseguinte, estarei sempre ao lado dos que lutam contra a segregação de que são vítimas.
Temos que mobilizar a sociedade para que a lei consagre os direitos dos homos porque, cada país que der um passo em frente, arrastará outros a fazê-lo.
Abraço
teste comentários sem palavras de confirmação.
maior espaço no ecrã ou tá bom assim?
depois apaga o comment
Raul
A homossexualidade não faz ninguém infeliz; os preconceitos, sim. E quem somos nós, para julgar os nossos irmãos? Meu abraço.
Salve! Raul
Retribuo em igual o abraço e a confiança.
Pois esse é o grande busílis. A representação de papeis, de que a sociedade parece precisar mais do que na verdade de pessoas reais.
Concordo contigo que há muita gente por aí (homens e mulheres) encaixados em estruturas familiares que de longe correspondem aos seus desejos íntimos e secretos. Esses tiveram sucesso naquilo em que eu obtive o maior logro: o viver uma mentira.
E se a História reza dos fortes, são esses inúmeros fracos que minam a força de qualquer causa no momento do combate. A hipocrisia social é mais bem vinda que a verdade individual.
Ainda é o mundo que vamos merecendo.
A minha amizade para ti.
Salutas!
Salve! Mendonça
Bem hajas pela presença e pelas palavras lisonjeiras dirigidas à minha pessoa. Retribuo na admiração por alguém que permanece aberto a novos aprenderes e assim enriquecer a sua Alma, disposto a construir algo melhor.
Referiste a questão mais essencial deste debate: a mobilização social para o combate contra as discriminações e, desta feita, o reconhecimento pela Lei dos direitos dos Homos. Só com a participação do todo se conseguirá o efeito de dominó generalizado que possibilitará o ressurgimento progressivo dum mundo melhor.
Salutas!
Salve! O Árabe
Salam!
O meu abraço.
Grato pela deixa da infelicidade.
Não é por acaso que a anual comemoração de luta pelos direitos dos Homos se intitule a Parado do ORGULHO Gay. Tal é devido a que todo o Homo assumido vive em felicidade com a sua pessoa, ao invés daqueles que se arrastam em existências infelizes de negação da sua identidade, mesmo tendo toda a sociedade os apalaudindo pela hipocrisia.
Salutas!
Salve! Mário Relvas
Em nome de todos retribuo o voto de boas férias.
Seegundo o dicionário online da Priberam, «aceitar: do Lat. acceptare
v. tr., receber o que se dá ou oferece;
receber com agrado;
admitir;
aprovar;
reconhecer;
incumbir-se de;
Com., assumir a obrigação de pagar uma letra de câmbio no dia do seu vencimento, subscrevendo o aceite com a assinatura.
http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx»
A prática de aceitar o outro tal como ele é leva a uma auto-reflexão sobre a sua própria identidade. Daí é sempre proveitoso o exercício tentado da procura de aceitação do diferente.
Salutas!
Todos os seres humanos deveriam ter os mesmos direitos e todos nós deveriamos saber respeitar todos os seres vivos com todas as suas diferenças e igualdades!...
O que interessa a cada um de nós o gosto sexual do outro? Os diferentes gostos a nivel sexual são o mesmo que os diferentes gostos a nivel, musical, vestuário, cinema, amizades...
Há que aprendermos a respeitarmo-nos uns aos outros e a deixar de ter medo de tudo o que é diferente...
Beijo grande
Salve!
Sei que existes
Na verdade consta da Carta dos Direitos Humanos que todos os indivíduos nascem com os mesmos direitos. Só que se em princípio todas as nações ditas evoluidas se vangloriam de respeitar os Direitos Humanos, já na prática o caso muda de figura.
Mas, como bem dizes, cabe-nos a nós, cada um individualmente e todos em conjunto, aprendermos a respeitar-nos uns aos outros e assim formar uma sociedade mais justa e igualitária.
Salutas!
Cada vez mais me orgulho de ti!
Um abraço muito apertado da tua irmã-do-coração.
Para a Lídia, uma das melhores pessoas que tenho o gosto de conhecer(embora não pessolamente),
fica o meu respeito e o meu abraço de estima.
Salve! Mário Relvas
Pois é... só através do auto-conhecimento alguém pode afirmar a sua verdadeira integração em qualquer comunidade. Muitos de nós vivemos numa sociedade sem contudo participar activamente dela. É uma semi-existência.
Não é possível aceitar o que nos é exterior sem nos aceitarmos a nós mesmos, como nós somos.
Salutas!
Salve! São
Obrigado pela visita.
Um abraço apertado, grande Amiga.
Salutas!
O dia em que todos,- ou quase - se aceitem e se amem indiferentemente da opção,sexual, da posição financeira,do sexo, cor ou o que for que diferencie um ser humano do outro, o mundo certamente serácum melhor lugar para se viver. Enquanto esse dia não chega, vamos protestando e lutando contra tudo que seja desrespeito aos diritos humanos.
Boa semana.
Tostão a tostão, uns tem muito outros não.
Na vida não é só o valor monetário, mas o principio.
Uns comem tudo mesmo que migalhas, outrs não comem nada
Saudações amigas
Tostão a tostão, uns tem muito outros não.
Na vida não é só o valor monetário, mas o principio.
Uns comem tudo mesmo que migalhas, outrs não comem nada
Saudações amigas
Raul
Está óptimo e agradeço o teu empenho excelente como sempre é.
Aproveito para voltar a comentar este texto com mais alguns dados que gostaria de acentuar. Um dos dados prende-se com a igreja católica e a pressão que faz para que os casamentos homossexuais não sejam uma realidade. Não sei se é por isso mas o governo PS vem dizer-nos agora que esse é um assunto que só deverá ser discutido na AR na próxima legislatura.
O que é facto é que o reconhecimento legal do casal gay continua a ser fracturante. Tive um grande amigo que era gay e senti muitas vezes a sua amargura. Ele era uma pessoa conservadora, de boas famílias, católico e vivia a procurar subterfúgios para viver a sua sexualidade longe dos olhares da sociedade onde estava inserido. Recordo que um dia andei aflita a ligar-lhe para Cabo Verde para o avisar que uns amigos nossos iam para o hotel onde ele estava "acompanhado". Isto faz sentido?
Não acham que é um absurdo? De que serve parecer o que não se é? E depois a orientação sexual não faz de ninguém um criminoso para andar fugido com receio de ser apanhado.
Há temas que eu ainda percebo que sejam fracturantes tendo em conta os princípios religiosos que comandam muitas vidas. Mas não nestes casos.
Até vos deixo outro caso referente a uma figura conhecida que vi há dias na TV. Esse homem foi casado e teve 5 filhos do casamento. A mulher faleceu e ele assumiu viver com um homem.Também é um indivíduo conservador e católico. Ou seja, as situações existem mas nós preferimos vivê-las de forma marginal. Não concordo embora, como hetero, me faça alguma confusão a homossexualidade.
Mas onde é que estão os direitos humanos e o direito à diferença ou mesmo o sentimento de amor ao próximo?
Amigos, não podemos desistir. Nem neste caso nem em nenhum outro em que a discriminação esteja presente.
Salve! Odele
A denúncia e o maifesto são as armas que a Democracia nos deixa para, apontar os seus erros, em Estado que afirmam estar ao serviço de todos os cidadãos. Mas ao que se consta as democracias ainda continuam entendendo alguns cidadãos mais dignos de direitos e respeito que outros. E comoo podemos depreender das palavras da Lídia no seu post mais adiante, a culpa disso recai na sociedade hipócrita em que vivemos.
Há que lutar sempre!
Salutas!
Salve! Valente
Pois é... nesta sociedade que se afirma de iguais parece que não é tanto assim. Uns têm tudo e demais, enquanto outros ficam pelo caminho das amarguras.
Salutas!
Salve! Lídia
Histórias é o que não falta.
Eu também tive a infelicidade de testemunhar o horror vivido por um homem já idoso, que depois de viver toda uma vida com o seu companheiro rico e afortunado,se viu destituido de tudo após a morte daquele. Pois a irmã do defunto, figura pública portuguesa e senhora vista como muito benigna e de falas muito altruistas e espirituais, se apropriou de todos os vastos bens do irmão defunto ( que incluiam propriedades em Portugal e nos estrangeiro, além de muitos outros pertences de elevado valor; como obras de arte), condenando à absoluta indigência o infeliz viúvo, isto por não haver nenhuma lei que salvaguardasse os direitos dos dois homens enquanto casal. Confrontada com a indignação dos seus próprios amigos ela lhes respondeu que nunca estivera de acordo com o relacionamento do irmão e não iria deixar um único tostão ao outro, nem tão pouco um dos inúmeros apartamentos que herdara do defunto (embora ela mesma já fosse proprietária de abastadas propriedades), dando 15 dias para um homem de mais de 60 anos, que nunca trabalhara na vida (por não ter tido necessidade para tal, pois a riqueza do seu companheiro assim o permitira), para dar um rumo à sua vida e abandonar o apartamento onde sempre vivera.
Infelizmente este não é episódio único. Muitos casos idênticos se passam nos vários estratos sociais das nossas sociedades cristãs e democráticas. Por isso se impõe a necessidade de leis que defendam os direitos de TODOS.
Salutas!
Não pactuo com discriminações, deste ou de outro tipo, nem prego a moral a quem quer que seja. Cada um é como é, gosta de quem quiser, e deve ser aceite como ser humano que é, respeitando e sendo respeitado pelos outros. Não é fácil, muitas vezes exige coragem, mas para viver neste mundo que temos, cada vez é necessária mais coragem.
Cumps
-Nunca discrimino quem quer que seja, não discuto a questão da homossexualidade porque não existe em meu entender questão alguma, cada um faz o que quer, quando quer e como quer. É uma opção individual de cada um, e ninguém tem nada com isso.
Na vida
as portas devem estar abertas
e as portas escancaradas
para o sol entrar e sair
quando se quiser
O respeito pelo ser humano e pela sua grandeza revela-se na forma como aceitamos o proximo em todos sos seus graus e condiçoes. É ai que começa e se afirma a nossa verdadeira dignidade individual e também a nossa liberdade.
Passo para retribuir a visita com a promessa de que voltarei logo que me seja possivel dado os muitos afazeres profissionais que me ocupam até final deste mes. No entanto, farei uma referencia deste blog no meu espaço e prometo que voltarei logo que esteja mais liberto.
Um cordial e fraterno abraço.
António
Temos ainda tanto a evoluir, até chegarmos a um ponto em que as pessoas sejam julgadas pelos seus actos e não pelas suas orientações, sejam elas sexuais, religiosas ou políticas. O que me entristece é saber que não será no meu tempo que esse momento chegará.
ha que abrir as mentes fechadas
abraços
Passa no meu blog que tenho uns presentinhos pra tí lá!
Bom gente, primeiramente venho parabenizar a Lídia e o ManDrag pelas palavras não só no post como também em seus comentários.
Agora venho aqui deixar a minha opinião quanto a tudo isto.
Creio eu que, não seja a pessoa mais certa pra falar de homosexualidade já que eu não sou homosexual e não sou psquiatra ou médico pra dizer que é assim ou daquele jeito ou o porque de alguém ser homosexul, na minha opinião, homosexual é como bisexual ou heterosexual, devemos respeita-los, tanto a homens como mulheres, pois são como nós e têm os mesmos direitos que nós, pra ser sincero odeio falar do assunto já que tudo que se diz a respeito pode ser analizado de forma erronea, creio que todos têm o mesmo direito e são seres humanos,
não quero falar de Deus por não crer no mesmo, porém quero falar das leis já que estas, relacionadas ou não á Deus são as que valem.
creio eu que algumas coisas deveriam ser atualizadas.
1 - Morar com uma pessoa durante mais de 5 anos, independentemente do sexo, contanto que você e seu companheiro sexual ou não (algo também bastante importante) tenham dividido as despesas ou que um dos dois tenha consetido o direito ao outro aos seus bens que em caso de separação dos mesmos por infortúnio ou não que tudo que foi conseguido enquanto estavam juntos seja divídido em partes iguais pra ambos.
2 - Que o casamento civil seja como um acordo entre os dois individuos em que um se dispõe a dividir gastos e ganhos com o outro enquanto viverem sob o mesmo teto e que estes possam dividir o que conseguiram juntos em caso de separação.
3 - Que a homosexualidade pare de existir, melhor explicando que não exista mais os termos, heterosexual,homosexual ou bisexual, no máximo deveriamos nos diferenciar com o genero masculino e feminino em relação aos nossos orgãos genitais como sempre foi, não ahco que deva interessar ao outro o que somos entre quatro paredes.
4 - Creio que a discriminação quanto aos exageros de alguns heterosexuais ou homosexuais em mostrar sua sexualidade sejam em alguns casos abusivos, salvo que esta é apenas a minha opinião.
5 - Acredito nas pessoas pelo que elas são e não pelo que vestem ou pela sua opção sexual e gostaria que as Leis dos nossos países também fizessem valer isto.
Já que não se respeitam os pobres, ou os negors, ou as minorias a menos que estas sejam mais bem vestidas e com carteiras recheadas de notas de cem.
6 - O amor não tem fronteiras e não nos cabe descidir a quem amar ou não e nem nos cabe o direito de jugar a forma ou quanto alguém ama o outro por acharmos estranha a nossa forma de amar.
Abraço a todos.
Salve! Tutti
Grato a todos pelas suas prestações e opiniões.
No entanto gostaria de destacar algo afirmado pelo Arnaldo sobre a indiferenciação entre sexualidades; na verdade a homossexualidade é uma referência moderna (catalogação nesta febre cientifista que nos move desde o advento do pós-renascimento histórico) a um comportamento natural e velho enquanto a distinção orgânica em géneros (tanto nos animais, como nos humanos). Subscrevo em tudo aquilo que dizes sobre o reconhecimento pela Lei dos direitos de todos os membros da sociedade. Todos deveriam ser iguais perante a Lei!
Salutas!
ManDrag,
fico contente por teres opinião igual a minha..
Abraços
Como eu disse Mandrag, não levanto bandeiras. Combato a injustiça em quaisquer circunstância. Tenho amigos "homos" e avalio meus amigos pelo carater, sejam "homos" ou "heteros". Mas fomos educados pra sermos "papai, mamãe e filhinho"... A primeira vez que Sam falou que ia numa boite GLS eu quase caí dura.Minha filha num lugar onde homens e mulheres se atracam despudoradamente com seres do mesmo sexo? Não bati o pé como faria outra mãe ou pai, mas fiquei pensando "caramba será que estou fadada a extinção do meu DNA? Minha filha homo...será que houve falha, má formação genética, ou de educação e/ou princípios?". Minha cabeça quase pirou. Ate o dia que ela veio me contar que beijou uma menina e queria saber se isso podia ser um sintoma. Conversamos e chegamos a conclusão que o beijo foi só uma troca de experiência pós adolescente, já que ela está no segundo namorado e a boite GLS fica por conta da turma do antigo colégio.
Resumindo: Não estamos preparados nem pra escolher nossos governantes, que dirá pra viver uma nova sociedade, que a que vivemos foi totalmente imposta, Infelizmente...
Um beijo
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