segunda-feira, 26 de maio de 2008

A MÍDIA DOS BLOGS.

Desde que percebi que o processo que movo na justiça de São Paulo contra os responsáveis pelo acidente que deixou minha filha em coma, levaria anos até chegar a uma sentença final adequada, venho buscando divulgação para a história de minha filha, com o objetivo de tentar agilizar essa sentença. Mas se conseguir mídia convencional não tem sido fácil, o mesmo não acontece com os blogs que têm se mostrado solidários na divulgação desta história de absoluto desrespeito aos direitos humanos de minha filha. Muitos entendem que Flavia é mais um exemplo de negligência e impunidade que acontece não só no Brasil, como no mundo. Primeiramente conhecido em Portugal, o blog de Flavia hoje é também conhecido no Brasil e em outros países. Os blogs têm sido a nossa melhor mídia. Além dos blogs amigos que nos divulgam regularmente, de vez em quando descubro na Internet um texto escrito sobre Flavia. Eis um desses textos.

Parcialmente transcrito do blog GuraveHaato - Brasil . Para ler o texto completo,clic no link.

"Imagine que você é uma garota normal de dez anos que, um belo dia, sofre um acidente e, embora escape com vida, entra em um estado de coma irreversível. Respira, desenvolve-se, possui todas as funções vitais, mas (provavelmente) nunca mais será capaz de acordar.

Nunca sentirá aquele friozinho na barriga, segundos antes do primeiro beijo. Nunca brigará feio com a mãe, por chegar às 4h da manhã daquela festinha. Nunca vai dormir abraçada ao travesseiro, chorando feito boba por aquele garoto que te trocou por outra. Nunca experimentará a vida em seu ápice. E, mesmo que um dia acorde, você será uma criança no corpo de um adulto. Terá 10 anos em sua cabeça, mas terá que aceitar a realidade de que agora tem 20, 30, 40 anos, e que passou a maior parte da vida deitada na cama, inerte. Tudo isso, pela irresponsabilidade de pessoas pouco preocupadas com a vida do próximo.

.... Pois essa é a realidade de Flávia, que há 10 anos vive em coma, vitima de uma piscina com ralo super-dimensionado, ou seja, com a tamanho muitas vezes maior do que seria seguro. Ao nadar na piscina do prédio em que morava com a mãe, Flávia teve os cabelos sugados pelo ralo, ficando um tempo considerável presa debaixo d’água. Embora tenha sido resgatada a tempo para sobreviver, o acidente a deixou em um estado de coma considerado irreversível pelos médicos. Nesse tempo, Odele, mãe de Flávia, engajou-se em um processo que já se arrasta há 9 anos em nossa sempre morosa justiça....
..... e comentar sobre o assunto. Afinal, quanto mais gente conhecer a história, e repassar para parentes, amigos e colegas de trabalho, maior será o barulho em torno do caso, e, provavelmente, mais medidas de segurança serão obrigatoriamente criadas para evitar que tenhamos novos casos como esse."
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Graveheart, Obrigada!!!

2 comentários:

Å®t Øf £övë disse...

Odele,
O caso da Flávia é um exemplo para todos nós, e tu ao divulgá-lo da forma que o fazes, e ao lutares como lutas, estás a dar um grande contributo à humanidade, e não só à Flávia. Porque eu pergunto: Quantas "Flávias" não há por aí que nós simplesmente desconhecemos, porque não têm alguém por perto capaz de desenvolver e travar uma "luta" como tu o tens feito?
Bjs.

SILÊNCIO CULPADO disse...

Odele
Nunca nos calaremos enquanto tivermos voz. Os blogues serão a nossa forma de gritar por uma justiça que tarda e que se impõe.
Escreveremos o que for preciso até sermos ouvidos.

Beijos