terça-feira, 11 de dezembro de 2007

GENOCÍDIOS FORMALMENTE ACEITES PELA COMUNIDADE INTERNACIONAL

Índios do Brasil
No inicio do século XVI seriam cerca de 6 milhões, actualmente são cerca de 315 mil.
Calcula-se, que desde então, tenham desaparecido cerca de 900 etnias .
Actualmente existem apenas 206 etnias, distribuídas por 562 terras indígenas, contando com cerca de 315.000 índios.
Falam perto de 170 línguas.
No Amazonas habitam mais de 55 povos isolados.
Na sua maioria os indios estão concentrados, nos Estados dos Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Mato Grosso e Pará. Os seis maiores povos índios:
1.Guarani (sub-grupos Kaiowá, Nandeva e Mbyá): 30 mil ;
2.Ticuna: 23 mil ;
3.Kaingang: 20 mil ;
4.Macuxi: 15 mil ;
5.Guajajara: 10 mil ;
6.Yanomami: 9.975 mil (dados de 2001).

Causas de extinção actual dos índios brasileiros:
1.Agressões directas (assassinatos), nomeadamente para ocupação das terras dos indios;
2. Destruição do Amazonas;
3. Transmissão de Doenças dos brancos (malária, tuberculose, etc);
4.Invasões de Garimpeiros, fazendeiros, madeireiros, etc, que ao destruírem o meio ambiente acabam por levar à extinção destes indíos.



Hutos (bantos) do Burondi
Perseguidos desde há muito pelos Tutsis. A primeira grande chacina ocorreu em 1972, quando cerca 200 mil foram mortos pelos Tutsis.


Tutsis do Ruanda
Radicais hutus que controlavam as forças armadas, entre Abril e Junho de 1994, massacram cerca de um milhão de ruandeses tutsis, hutos moderados e a minoria twa do país, constituída por pigmeus.



Cambodja
Entre 1975 e 1979, os Khemers vermelhos, liderados por Pol Pot, exterminam 2 milhões de habitantes numa população global de sete milhões.



Biafra
A Nigéria quando se tornou independente da Grã-Bretanha em 1960, era uma amalgama de etnias (250), com enormes dificuldades de conviverem entre si. Uma delas (ibos), em 1967, resolve tornar-se independente, proclamando a República do Biafra. O governo da Nigéria reagiu de imediato. Ao longo de 32 meses de embargos, bloqueios, bombardeamentos, etc, o Biafra torna-se no palco de uma verdadeira carnificina dos ibos. O terror está longe de ter terminado.



Curdos
O povo curdo é constituído por cerca de 36 milhões de individuos, espalhados por quatro países diferentes, a Turquia, o Irão, o Iraque e a Síria.
Na Turquia são cerca de 15 milhões.
O Curdistão é uma região montanhosa, onde nascem o Tigre e o Eufrates.
Aqui as estradas e passagens ligam o Mediterrâneo com o Cáucaso.
A história deste povo remonta ao séc. VII a.C., ao tempo dos medos, mas os primeiros principados curdos só se formarem no Séc. X.
Os curdos nunca tiveram um Estado independente, mas até 1639 desfrutaram de relativa autonomia.
Neste ano o Curdistão foi repartido entre os impérios persa (Irã) e otomano (Turquia).A partir daí, sucessivas mutilações no território curdo se deram em função dos arranjos internacionais. Após a 1ª. Guerra Mundial (1914-1918), com o desmembramento do Imperio Otomano, uma parte do Curdistão foi integrada no Iraque e a outra continuou na Turquia.
A partir de 1924 o regime turco proíbe a língua, a cultura e as instituições curdas, tendo em vista o seu aniquilamento.
Durante a 2a Guerra Mundial (1939-1945), os curdos que estavam sob o domínio do Irã empreendem uma luta armada pela sua independência, a qual conduziu à efémera República de Mahabad (1946). A repressão não se fez esperar onde quer que se encontrassem.
O número de curdos exterminados ou deslocados das suas aldeias não pára de aumentar.
Brutalmente perseguidos, centenas de milhares de curdos têm-se refugiados na Europa Ocidental, em especial na Alemanha e agora também na Itália.



Índios da América do Norte
A matança do indios da América do Norte começou com a ocupação destes territórios pelos europeus. Tribos inteiras foram exterminadas e outras reduzidas a números insignificantes, como o ramo dos dos Hakasham, da tribo dos Algonquinos. Das grandes nações indias restam apenas algumas dezenas de milhares de sobreviventes dos Cherokees e Navajos concentrados em reservas.



Aborígenes da Austrália
No século XVIII haviam cerca de 300.000 aborigenes e falavam cerca de 50 línguas diferentes. No princípios dos anos trinta do século XX estavam já reduzido a cerca de 67 mil. Actualmente não ultrapassam os 60 mil e na sua maioria habitam em reservas. Apenas nos anos 70 os aborigenes foram reconhecidos como uma comunidade étnica em extinção pela comunidade internacional.


Olivença, o etnocídio perfeito
Uma tradição espanhola que se converteu no primeiro etnocídio da história contemporânea da Europa.



Tibete
O Tibete foi invadido pela China em 1949. Dez anos depois, o lider espiritual dos budistas, Dalai Lama, foge para a Dharamsala, na India, com 15 mil refugiados. Os chineses haviam entretanto destruído cerca de 6000 mosteiros e feito um número indeterminado de mortos. A cidade de Dharamsala, tornou-se desde Maio de 1960, a capital do Tibete no exílio. Dalai Lama a 10 de Dezembro de 1989 recebeu o Nobel da Paz, em nome da resistência de um povo contra o seu aniquilamento.



Bosquimanos do Kalahari, no Botswana
Actualmente, apenas 7.000 bosquimanos permanecem no Kalahari, a maioria das etnias “gwi” e “gana”. Esta é a sua região ancestral, onde vivem há pelo menos 20 mil anos. Embora a região embora seja de difícil acesso e tenha poucos recursos naturais, mesmo assim não deixa de ser cobiçada. Desde os anos 60 que os bosquimanos são vítimas dos setswana, a etnia maioritária no Botswana que os pretendem expulsar. Após a Independência deste país, o governo decidiu transformar a região em que vivem numa reserva de caça desportiva do Kalahari central, não lhes reconhecendo qualquer direito de propriedade. Não era a primeira vez que eles foram ameaçados de extinção. Perseguidos e escravizados pelos Bantos (desde o séc. V ) e depois pelos brancos (desde o séc.XVIII), terão morrido aos milhões. Actualmente sobrevivem menos de 100.000 bosquimanos, metade dos quais habita o Botswana. Os gana e os gwi são praticamente os únicos que mantém o modo de ancestral, baseado na caça.



Incas, Maias, Azetecas e Outros Povos da América Espanhola. A grande matança dos tempos modernos.
Quando os espanhóis chegaram à América, viviam neste continente cerca de 70 milhões de indivíduos.
Os conquistadores espanhóis não tardaram em iniciar a matança.
Hermán Cortez dos Aztecas no México, Pedro de Azevedo dos Maias, Pizarro nos Andes .
Em ilhas como Cuba, a população local foi completamente exterminados.
Em meados dos século XVII calcula-se que só existissem menos de 7 milhões.
Na sua esmagadora maioria haviam sido exterminados pelos espanhóis, pelas armas, os trabalhos forçados e as doenças que lhes transmitiram (variola, sifilis,etc).
A Independência destes territórios no século XIX ( o último foi Cuba em 1898), não acabou com o processo da sua extinção.
A situação da população indigena não é a mesma em todos os países da antiga América espanhola.
Na Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, nas Antilhas e Caraíbas os indigenas são minoritários ou foram extintos.
Pelo contrário, na Guatemala, Equador, México, Peru, Bolívia e outros países, constituem uma boa parte da população.
É nestes últimos que ocorrem actualmente as mais barbaras agressões e atentados à sobrevivência destes povos.


Innu do Canadá
Os Innu são um dos povos indigenas do Canadá. Habitam na tundra da península do Lavrador. O Estado prende "civilizá-los" à força e explorar os territórios que ocupam. O resultado é uma das mais elevadas taxas de suicídios do mundo.
Em Abril de 1999, o Comité das Nações Unidas para os Dereitos Humanos condenou o Canadá por estar a praticar uma política de "extinção dos direitos da população indígena".
Território e Comunidades Innu (Nitassinan)



Sara Ocidental
Os saharauis, tribo nómadas do sara ocidental, são uma das últimas vítimas do processo de descolonização dos europeus.
Os primeiros a chegarem a esta região foram os portugueses.No século XVI vieram os espanhóis que lhes ocupam as fortalezas na costa.
No século XIX, espanhóis e franceses lutam entre si pela partilha de Marrocos e desta região.
O Sara Ocidental acaba por ficar para os espanhóis (1884) que iniciam um sangrenta guerra de pacificação das populações locais, que só abranda na década de trinta do século XX.
6 Dias antes da morte de Franco, a 14 de Novembro de 1975, entregam estes territórios e as respectivas populações a Marrocos e à Mauritânia. A partir daqui, estes países desencadeiam uma nova vaga de extermínio das populações locais.


Escolhe um Povo, recolhe informação e divulga a sua situação!
Os crimes contra a Humanidade não Prescrevem.

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